A passagem de Amir, agora no Marítimo, pelo emblema do Barreiro permite-lhes receber compensação pela presença do guarda-redes iraniano no Mundial da Rússia
"Que rica notícia me está a dar". Foi assim que reagiu Amândio Jesus, diretor da equipa sénior do Barreirense, quando O JOGO o informou que o clube vai receber da FIFA, via Federação Portuguesa de Futebol, cerca de 33 mil euros a título de compensação por atletas que estiveram no Mundial da Rússia. No caso do Barreirense, a fatia corresponde a Amir, guarda-redes iraniano que entretanto se transferiu para o Marítimo mas que fez parte da época 2016/17 no Barreiro. "Não sabia disso, mas é muito bom", sublinhou Amândio Jesus, umas horas antes de se juntar a mais um treino da equipa.
Os cerca de 33 mil euros não parecem nada de relevante, sobretudo comparados com os cerca 1,780 milhões de euros que recebe o Sporting, emblema português que mais lucra com os dinheiros do Mundial 2018, mas para o Barreirense equivale, mais euro menos euro, "a ter uma época inteira paga". O orçamento da equipa principal não anda muito longe disso, vivendo do amadorismo, embora o clube mantenha a tradição de apostar também nas escolas. "Eu não cheguei há muito tempo ao Barreirense, mas vivemos com algumas dificuldades e esse dinheiro vai ajudar-nos".
Amir foi negócio de ocasião que se revelou rentável, mas nos últimos tempos o emblema do Barreiro não tem motivos de queixa das compensações, por tabela, que resultam dessa aposta. João Cancelo, da Juventus, garantiu-lhes um bom encaixe à boleia do mecanismo de solidariedade e, no futuro, há esperança de que Gonçalo (Belenenses) ou Celso (Praiense) possam também render alguns benefícios. "Gostava mais da época em que o clube recrutava nas ruas, onde havia talento puro, e não desta fase das escolas", admite Amândio Jesus. Ainda assim, as boas notícias que de vez em quando chegam, em forma de cheque, valem o esforço e a dedicação.
In ojogo.pt
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